quarta-feira, 13 de junho de 2007

Teoria Sobre o Dolar - 17 jan 2006

É pura divagação fazer uma teoria que explique a movimentação dos mercados de câmbio em torno da relatividade entre uma moeda e outra.
Vários são os fatores que influenciam diretamente ou indiretamente na cotação da moeda norte-americana no Brasil: nível de importação, nível de exportação, risco país, instabilidade econômica, instabilidade política, grandes remessas de divisas, grandes aquisições ou leilões no Brasil por empresa estrangeira, necessidade de reservas pelo Banco Central, fluxo de viajantes internacionais em ambos os sentidos, nível de poupança externa, disponibilidade de capital no mercado internacional, juros do mercado interno, juros do mercado americano, crescimento e expectativa de crescimento da Bovespa, nível de investimento interno, vencimento de parcelas da dívida interna atrelada ao câmbio, remessa ilegal de divisas, especulação internacional dos juros nacionais, fechamento de períodos de investimento (realização de lucros), apreciação ou depreciação do Dolar frente a outras moedas, nível de endividamento dos EEUU, etc.
Não há portanto como fazer uma equação simples que preveja a variação do câmbio. Perde portanto o investidor que tem como idéia fixa o investimento em câmbio como proteção do seu capital? Não necessariamente. Apesar da incrível instabilidade do dolar, principalmente nos últimos meses quando o Dolar se depreciou frente ao Real, fazendo com que diversos investidores e especuladores perdessem muito dinheiro, o investimento a longo prazo na moeda americana tem se mostrado uma salvaguarda aos habitantes dos países latinos. A cada 3 anos há uma crise cambial em algum dos países da América Latina, o que faz com que o investidor perca, de uma vez só toda vantagem que pode ter auferido com os juros extratosféricos praticados nestes países (com liderança plena do Brasil). Estas crises acabam por refletir em toda América Latina, afetando as economias de todos os países, criando instabilidade, fuga de capitais e, posteriormente crise em cada um dos países. Alheio a essa espiral do mal parece estar apenas o Chile, que nos últimos anos conseguiu se manter a margem de tudo o que vem ocorrendo de ruim nestas economias. Os períodos portanto para investimento em moeda estrangeira devem ser maiores, com ciclos de 10 anos. Aí sim o investidor irá perceber o valor garantido pela moeda forte.

STOCK MARKET - 17 dez 2001

Isto é realmente incrível. Em 1 semana nos EEUU eu vi mais gente falando da bolsa de valores e dos stock prices do que o ano inteiro no Brasil. O noticiário da Quinta-feira, dois dias após a eleição presidencial, dizia que o problema da Flórida tinha que ser solucionado logo pois a bolsa de valores não podia ficar com essa incerteza por muito tempo. Diziam que Bush e Gore tinha que se acertar entre eles urgentemente, evitando um “mal maior” para a bolsa. Pode ?!?

SINAL DOS TEMPOS ? - 19 mai 2002

Meus amigos, nesta semana senti realmente o peso da idade.
Comecei a semana com uma reunião de staff da gerencia da empresa onde trabalho. Nesta reunião o tal Diretor solicitou que fosse apontado um “senior manager” para tomar conta de um certo projeto. Todos olharam para mim. O que será um Senior qualquer coisa? Um cara com mais tempo de casa? Se for isso, eles erraram. Estou lá faz apenas 4 anos. Os outros engenheiros estão lá a muito mais tempo que eu... Depois da reflexão cheguei a conclusão de que eles estavam se referindo a um cara com maior experiência. Ufa!! Mas péra lá! Experiência e idade são companheiras eternas. Tudo bem, eles estavam falando de um cara mais velho... Tive que me conformar.
Ainda sob o baque da constatação, recebo um e-mail do David convidando para nossa festa de formatura de 10 anos de formado. Dez Anos? Mas eu me lembro muito bem daqueles anos morando na república, estudando a noite, fazendo farra de madrugada, bebedeiras epopeicas, pau de Numérico, etc. Pois é. Já faz 10 anos que tudo isso acabou... – e quinze que começou.
Meio atordoado recebi a ligação da minha patroa. Isso mesmo estou casado. Mais um grande sinal dos tempos. Mais do que uma simples ligação, ela me pedia para não esquecer que temos um curso no domingo pela manhã para poder batizar o Felipe no outro domingo. Então as coisas ainda cresceram. Tenho um filho e ele já vai ser batizado. Domingo de manhã para mim era um período inexistente. Acho que nem constava das minhas agendas. Agora estou acordando para tomar conta do herdeiro.
Mesmo com todas estas mudanças, mantenho algumas manias antigas. Continuo andando de bicicleta (ou tentando). Estava neste sábado com minha speed fazendo a grande volta da USP quando deparei com um seguraça de terno barrando a passagem no início da descida da bio. Ele quase não me deixou passar (e olha que eu estava de bicicleta) mas não dei muita bola e fui seguindo, quando deparei com algo incrível: era o GP da Poli. Eram 80 carrinhos de rolemã se escorando nas guias esperando por sua vez de tirar o tempo para o grid de largada. Fiquei feliz em ver aquela organização. Nostálgico lembrei do Salvador me segurando para eu não descer o cacete na Barrilzinho. Cômico para dizer o mínimo.
Observei a organização deste GP e vi algumas coisas que merecem cometários:
· Ao chegar deparei com o tal segurança vestido em terno escuro (naquele sol de ½ dia). Pensei que era uma exceção, mas depois vi mais 3 deles, dispostos ao longo da descida e também lá em baixo. O CAM está com grana para pagar segurança particular? Aliás, para que os tais seguranças? Será fruto da neurose coletiva da cidade dos dias de hoje? Sinais dos tempos?
· Os carrinhos estavam todos dispostos, organizadamente, nas duas guias da rua, esperando pacientemente sua vez para a tirada de tempos da posição de largada. Nada daquela zona que costumávamos ver lá em cima. Toda a descida da ladeira também tinha fitas zebradas separando os espectadores da pista. Sinal dos tempos?
· Fruto do patrocínio da SKF todos estavam devidamente uniformizados. Os uniformes dos corredores dizia “COMPETIDOR” nas costas e tinha mangas longas (proteção para queda??). A organização tinha camisas de “STAF” e rádios intercomunicadores para facilitar o diálogo largada-chegada. Nada de pedir para o Key Subir e descer a ladeira 50 vezes de carro para fazer a comunicação parodiando os mensageiros da época medieval. Sinal dos tempos?
· Havia uma ambulância particular (não era do HU) a disposição dos corredores, com enfermeira e motorista e tudo mais, escrito “UTI MÓVEL”. Isso teria evitado os ferimentos do Hiro ou as condições de socorro ao Peçanha? Sinal dos tempos?
· Haviam, bem diferente das nossas antigas corridas, muitos pais e mulheres (namoradas?). Lembro que o único que tinha coragem de levar mulher lá era o Salvador, que levava a própria irmã... Sinal dos tempos?
· O que mais me chamou a atenção mesmo, razão que me fez escrever para todos, foi a falta de bebida. Acreditem: não havia bebida. Os caras estavam correndo a seco. Havia apenas um vendedor ambulante com parcas latinhas de cerveja. Mesmo assim, vi quase todo mundo bebendo: água, Gatorade, Coca, Guaraná!! Pasmem! Não vi ninguém bebendo nada!! Para evitar mal entendido, perguntei a um dos organizadores sobre a bebedeira da moçada e ele me disse que vão patrocinar uma chopada depois da corrida. Foi a vitória da Barril!! Sinal dos tempos?

Apesar das mudanças, algumas coisas realmente não mudam:
· Os carrinhos continuam os mesmos. Mal feitos, toscos, de madeira. Com freios na mão tipo alavanca com borracha de pneu nas pontas. Com eixo pivotado no meio para direcionar o bólido. Com cadeira roubada das salas de aula aparafusada na prancha de alguma construção do campus. Sinal?
· O coitado do cara que estava organizando a tomada de tempos na chegada continuava tentando informatizar os dados mas no meio do caminho teve que apelar para uma lista escrita a mão mesmo. Pau no programa!! Sinal?
· No início da corrida dois carros quebraram perto da largada. O parafuso do eixo dianteiro não aguentou. Como sempre! Sinal?

O tempo realmente chega para todos. Temos, sim, que fazer o melhor uso dele.

Qual o futuro da Democracia como forma de governo? - 30 jan 2007

O início da democracia não foi dos mais democráticos. Apesar do nome (do grego: governo do povo) o grupo que democraticamente tomava as decisões de governo não representava realmente todo o povo. Os gregos tinham na sua população muitos escravos e outras classes de pessoas que não eram consideradas cidadãs (nelas incluídas as mulheres e crianças). Desta forma a democracia representava apenas a representatividade dos considerados cidadãos. Os outros eram excluídos sumariamente das decisões, votações e até mesmo da possibilidade de participar do governo de forma direta.
Os tempos mudaram. Atualmente a democracia é exercida por um sufrágio universal, ou seja, todos devem votar. Isso teoricamente representaria todo o povo, seja ele cidadão ou não cidadão (os excluídos). O que ocorre infelizmente é que a representatividade nas votações é sempre muito baixa, revelando a insensibilidade de muitos para com a coisa pública. Outros votam sem nenhuma reflexão sobre os resultados dos seus atos.
Neste primeiro mês do ano vimos muita gente comentando a eleição de Hugo Chaves na Venezuela, dizendo que o povo não sabe o que faz. Essa é a democracia. É direito deles eleger o candidato preferido. O maior problema é como a mídia é manipulada e resulta na distorção do resultado final.
Já ouvi muita gente falando de como a Internet tem ajudado a combater a corrupção e os problemas políticos em vários lugares, inclusive na China, onde o acesso a informação externa é mais restrito e controlado. Essa incrível arma chamada internet tem o poder não só de combater o que há de errado como também de fazer muita coisa errada. Não vai demorar muito até que comecemos a votar pela internet para eleger nossos representantes. Cada um com sua senha intransferível vai fazer seu voto direto de casa.
Do mesmo lugar cada um vai poder acompanhar o desempenho de seu representante, até o ponto em que ele vai ser sempre monitorado e vigiado.
Neste limite vão surgir idéias mais avançadas: o representante do povo no legislativo tem por função representar os gostos e vontades de seus eleitores nas votações no congresso e isso poderia ser facilmente substituído por uma votação on-line de todos os assuntos do congresso. Isso eliminaria o problema que temos hoje com os deputados e sua falta de honestidade com os eleitores.
Traria também outros sérios problemas que nem todos visualizam:
A pessoa que controla a pauta do congresso seria muito mais forte do que é hoje o presidente da câmara. Essa função se tornaria realmente chave no país
Os lobbies que hoje já atuam no congresso ficariam ainda mais fortes pois seriam os únicos com estruturas pagas para elaborar projetos de leis, concorrendo com os inexperientes internautas para elaborar propostas e emendas.
Estaríamos trocando a república (democracia representativa) pela democracia direta, considerada tirânica, visto que a maioria esmaga a minoria.

Infelizmente os modelos de democracia e república que dispomos não são a prova de falhas...

Este interessante país chamado EEUU - 17 dez 2001

É mais do que comum compararmos os lugares que visitamos com o lugar em que vivemos. Eu já viajei muito e continuo comparando até hoje. Nosso país tem mudado com uma velocidade incrível e isso nos dá uma perspectiva diferente a cada viagem e a cada comparação. Durante este mesmo período os países que visitem também sofreram alterações, uns mais, outros menos. Eu diria que os países como a Hungria, a Checoslováquia (que já não existe mais como unidade), a África do Sul e a China são, dos que eu já visitei, os que devem Ter sofrido as maiores transformações. Infelizmente não voltei a visitá-los para poder avaliar com meus próprios olhos como evoluíram (estagnaram ou involuiram) as mudanças nestes locais.
Meu passado e presente hereges devem ser a causa das minhas recorrentes viagens aos EEUU (é assim que se abrevia o nome daquele país em português). Eu pessoalmente gostaria muito de poder trocar este destino por outros, como a Europa Continental (tenho alguma coisa contra a ilha da Rainha) ou novos países para mim, como Rússia ou Austrália.
Culpa minha ou não, a verdade é que acabo indo 1 vez por ano (+/-) para os EEUU. Nestas idas tive oportunidade de conhecer o litoral Leste e Oeste, assim como as cidade dos Grandes Lagos, o interior das pequenas cidades e o gigantismo de Nova Iorque.
Nestas minhas visitas tenho comparado uma série de pontos entre aquele país e o nosso verde-amarelo. Felizmente sou tendencioso e consigo enxergar nosso lugar ao sol com maior brilho, motivo pelo qual não entendo bem como podemos ter amigos que decidem se mudar para os EEUU definitivamente. Entendo a visita como aumento de conhecimento e experiência profissional, mas eu não acho que teria sérios problemas em encontrar uma esposa americana (com mãe que faz torta de morango e pai que faz churrasco de hamburguer) e aturar um filho utilizando as gírias locais. Já imaginou se sai como os possíveis avós, racistas e conservador?
A razão deste texto é realmente falar do lado ruim dos EEUU. Não sou nenhum fundamentalista que não enxerga o poderio daquele país e tudo o que tem de bom. Afinal de contas, não é qualquer um que pode contar com o nível de serviços particulares oferecido por lá. Nem mesmo com a infra-estrutura metropolitana e cosmopolita que se estende até as pequenas cidades do interior do Texas.
Vejo porém uma sociedade movida pelo dinheiro e não pela humanidade. Apesar da opulência da economia, há um rastro de mais de 5 milhões de americanos na extrema pobreza, sem acesso a atendimento médico, aquecimento (que por lá é uma questão de sobrevivência), alimentação e educação.
O sistema de ensino público tem uma capilaridade impressionante e consegue abranger a todas as crianças. Esse passo é importante mas Infelizmente isso não o bastante. O nível de aproveitamento das crianças americanas está entre os mais baixos do planeta. Por que as crianças não aprendem? A resposta está no sistema familiar. O quê os pais valorizam?
Para suprir a sua deficiência interna são criados três mecanismos super eficazes: barreiras protecionistas, importação de massa cinzenta e importação de músculos. As barreiras protecionistas protegem as áreas incompetentes da economia. A importação de massa cinzenta garante que as melhores cabeças pensantes estejam trabalhando para as empresas e o governo. A importação de MO ajuda a executar aquelas tarefas para que os americanos (assim como alemães, franceses e ingleses) não se dispõe a fazer. Um recente levantamento da Nasa ilustrou que esta é uma das empresas com maior participação de estrangeiros do mundo. Me lembro da época em que trabalhava na Cummins, quando 70% dos engenheiros de desenvolvimento de motores na sede de Indiana eram estrangeiros.
A prepotência americana está enraizada em toda a sua sociedade. Quando estava na China visitando um parque nacional houve um problema com nossos ingressos e nos cobraram duas vezes. Todos reclamamos mas tivemos que pagar. A americana que estava conosco no grupo estava furiosa e em um ataque soltou a frase: “I’m american!!”, como se isso fosse mudar alguma coisa. Os chineses que nos tutoravam ficaram perguntando o que ela queria dizer com aquilo...
Me lembro de uma frase que um americano me disse quando eu estava a trabalho em Indiana: “se um americano te convidar para jantar em casa e apresentar para a família dele, é porque realmente te estima muito.” Fiquei chocado. É muito individualismo. Culturas diferentes? Sim. É uma cultura individualista. O cara pode ver alguém morrendo ao seu lado sem fazer nada (principalmente se não for “puro americano”). Quem leu o livro do Henfil sobre seu sofrimento no sistema de saúde americano, sendo tratado como cucaracha ilustra bem isso.
Todos podem dizer que esse é o estilo de vida norte-americano e que nem todos precisam se adaptar. Como tudo na vida, tem seu lado bom e seu lado ruim.
Como isso é uma decisão pessoal, continuo preferindo o nosso querido Brasil, apesar de todos os seus problemas.

Dignidade, Responsabilidade e Eficiência - 1 mar 2000

Volto mais uma vez a meus amigos para exprimir meus pensamentos em prol do coletivo. No artigo anterior tratei de um problema internacional referente as relações comerciais com outros países e as consequências dos embargos comerciais às economias emergentes. Hoje venho discutir a concessão que a sociedade brasileira está dando aos magistrados (dinheiro público investido nesta área técnica).
Acredito que seja unânime a visão de que os juizes devem ser funcionários públicos com estabilidade, permitindo que não tenham que se preocupar com demissões devido a suas decisões, e independentes de outros poderes, de modo a impedir interferências, principalmente do executivo. Com apenas a primeira premissa já é cobrado da sociedade um preço relativamente alto pela manutenção da democracia. Lembro que a estabilidade gera, infelizmente, baixa produtividade e o cargo de funcionário público permite aposentadoria com vencimentos integrais, um luxo do qual a sociedade é privada, além é claro, das promoções por tempo de serviço, independente da capacidade ou dedicação do funcionário.
Não suficiente, o judiciário ainda é o poder que menos distribui a renda dos contribuintes, visto que o salário médio é muito acima da média nacional. Como os salários dos funcionários do Judiciário é todo “amarrado”, o aumento do salário dos juizes aumenta o salário de várias outras instâncias.
Entendo que o salário de um juiz deva ser digno do cargo e da responsabilidade, porém o que me dizem dos médicos do SUS, dos professores primários, dos policiais militares? Eles não são dignos ou não têm responsabilidade?
Nos quadros do judiciário a reivindicação surge pois finalmente estão surgindo os casos de magistrados, promotores e procuradores que deixam os cargos públicos pelos privados. Qual o crime nisso? As empresas privadas que melhor pagam também perdem seus funcionários mais brilhantes. A vida é assim! O que não é possível é que todos os magistrados e outros funcionários do judiciário ganhem tão bem que o mercado privado não consiga seduzir sequer um deles. Nesse modelo, todos estão equiparados aos mais eficientes, quando o correto na minha visão seria a utilização de um modelo de meritocracia, com aumentos e promoções para os mais qualificados (da maneira como ocorre nas empresas privadas e nas públicas de outros países) e uma menor remuneração para os menos qualificados. Caso o sistema não funcione corretamente, a iniciativa privada vai abocanhar as distorções positivas. Atualmente os juizes são selecionados por uma prova e passam por dois anos probatórios, após os quais nunca mais serão avaliados (salvo casos de roubo como o do Juiz da construção do TRT em SP).
Caso a sociedade esteja interessada na manutenção destes privilégios e pagamento de um aumento aos magistrados, o mínimo que poderíamos cobrar é o perfeito funcionamento do sistema judiciário. Processos que desaparecem, sentenças que demoram anos para serem tomadas, presos que aguardam meses para sua liberação e impunidade em todas as esferas não é exemplo de eficiência. Eu costumo dizer que não basta cobrar aumento de salário, é necessário mostrar eficiência antes de mais nada. Aí sim acho que a sociedade estaria disposta a comprometer uma parte de sua renda para termos uma justiça mais justa.

An Interesting Story 16 mai 1993

DATE: May 16, 1993
TO : DIST-NEWS
DIST-AE
FROM: T.E. Reinhart
SUBJECT: An Interesting Story

This story has nothing to do with noise, Cummins, or even diesel engines. It is the fascinating story of one small part of the Soviet Union’s plans to fight – and win – a full scale nuclear war.

The story comes from Paul Waters, a retired British environmental department official. Paul now has two part-time jobs; one as noise consultant, and one as a finder, buyer and seller of steam locomotives. Eastern Europe has become a fertile ground for steam locomotive fans, and Paul has spent a lot of time there, roving around obscure rail yards.

At the SAE noise conference last week, I asked Paul how loco business was going. He said that the market was saturated with thousands of available locos from Eastern Europe. Then he told me this story:

Just after the Cuban missle crisis, the Soviet general staff redesigned their war strategy. They built their strategy around the idea that war would start with massive nuclear exchange. Within hours or at most a few days, all modern technical infrastructure would be destroyed. This means that the mostly electric railroads of Western Europe would be useless, and even modern diesel locomotives would be knocked out by the electromagnetic pulses (EMP) of long distances around the explosion.

One key to “winning” the war over the remaining burned out rubble of Europe was transportation.. To survive the nuclear exchange, low technology was essential. This is where steams locomotives come in. The Soviets rebuilt and restored thousands of steam locomotives for World War III service. Many were captured from the Germans in WW II, and the rest were retired locomotives from the Soviet and Warsaw Pact rail networks. Huge marshaling yards were built in the Ukraine, White Russia, and Western Russia for the steam engines and their trains. Because Europe uses different guage track than Russia, the trains were all converted to European guage, and special track was laid from the marshaling yards to the Warsaw Pact frontiers.

Most of the steam trains were set up to go only one way; into Western Europe with the invading army. But just in case, a few of the yards were equipped with Soviet guage trains pointing East. The steam engnes were carefully maintained and tested regularly by Soviet Army technicians until 1991. They are in beautiful condition.

Recently, Paul Waters was exploring a European guage yard and with several others, examining the new for sale steam engines. His attention was distracted by hundreds of turn-of-the-century vintage wooden boxcars. Wile the rest of the party climbed over the steam engines, Paul explored the freshly painted, well maintained boxcars.

The boxcars had small man sized doors built into the normal sliding door. There were also small doors on the end of each car, and a ladder leading to the roof. Up on the roof of each car were two machine gun installations, although the guns were removed. Paul opened the door and went in. The cars were lined with half inch steel plate – they were armored personnel carriers. Different cars had different sorts of accommodation. These were to be the invasion trains going to Western Europe after the war turned it into a radioactive wasteland.

As I said, a fascinating story - and one which makes Dr. Strangeglove look like a model of rational thinking.

Oh, by the way, a mint condition Germany or Soviet locomotive now sells for about $20,000. It takes about $30,000 more to ship it to a port in the U.S.. If anyone has a bit of track in his yard and wants a bargain steam engine (less than a new Mercedes car), let me know. I have Paul Water’s phone number.

Tom Reinhart
T.E. REINHART

CC: DIST-GROUP
DIST-*NEWS
DIST-*AE
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